Menina

Existem fases na vida que julgamos não passar por eles de uma forma dramática.

Porque não me acontece a mim. Porque neste momento estou bem, e não preciso de nada. Ou até porque sei a solução para não passar por elas.

Pois é. Há mulheres que nunca pensariam chegar a esta fase da vida.

É desnecessário dizer que para qualquer mulher, manter a vida sexual activa é fundamental...

Passo a explicar, com um breve conto/dilema, de autor tão desconhecido quanto eu.

Era uma vez uma menina que começou a namorar e descobriu que sexo era bom. Ela passou alguns anos da vida dela a descobrir os novos prazeres da vida com o menino que havia conquistado. Prazeres esses que lhe eram fáceis de obter com o mesmo namorado. Ora eis que, um dia, ela decide por termo a esta relação, pois achava que era mais benéfico desvendar alguns, até aí, mistérios da vida. Começou a caminhar pelos dias, semanas, meses adiante, e viu algumas coisas boas, experimentou uma coisita má... Foi palpando terreno, caminhando mais, nada de sexo, e começa a pensar que realmente não é assim tão fácil obter aquele prazer que tanto gostava, mantendo sempre uma boa selectividade. Até que agora se vê com dois caminhos à sua frente, e só poderá escolher um.

|< Luta pela sobrevivência, bem-vinda à vida selvagem |

| Centro de encalhadas, espera que ele apareça > |

Tendo em conta que ela sempre sonhou com o menino ideal, mas não está a ser capaz de esperar por essa dádiva, a menina vê-se muito indecisa em escolher um desses caminhos...

Isto foi uma espécie de “primeiro capítulo”, que muitas gostariam de ver resolvido.

Um dos temas que esta pequena prosa engloba, é o factor “selectividade”, que nos dias de hoje, pode ser o grande impedimento para a caça ao homem comestível. Um tema interessante para a posteriori ser discutido.

Voltando ao drama, por vezes torna-se difícil escolher por um caminho que parece resolver mais depressa o problema, que tem a desvantagem de não conhecer o resultado e as consequências desse trilho.

Vamos esperar que saia o “segundo capítulo”, e saberemos a escolha da menina.

Antes de mais é mesmo importante dizer que NÃO não somos três ninfomaníacas que se juntaram para falar de sexo! Simplesmente o sexo vem (ou não) com as relações, falta delas, com o quotidiano, com as amizades, com conversas, com saídas, com tudo o que nos envolve e desculpem lá, mas sem falsos moralismos, toda a gente fala e gosta de falar! :)

Inteligência Emocional

É muito fácil quando estamos numa relação relativamente estável satisfazer todas as nossas necessidades quanto ao sexo oposto. Bem, digamos que o facto de estarmos “presas” a uma só pessoa nos leva muitas vezes a uma “necessidade” de saber que ainda somos capazes de seduzir, prender o interesse de alguém, mas isso é outro assunto…

Quando estamos numa relação de algum tempo é normal sermos co-dependentes dessa pessoa, se dura é porque temos afinidade, é porque gostamos de estar com ela, nos ouve, nos percebe, nos aconselha, nos faz rir e chorar e essas coisas todas que vêm na bagagem… uma delas é também a relação sexual, claro!

Mas e quando falta isso? Quando de repente não temos ninguém? Quando essa relação acaba, quando ele vai de férias e ficamos sem o ver, quando não há ninguém especial?! Aí o caso complica… Somos assim tão emocionalmente dependentes que nos envolve logo a carência? Que ficamos sem saber o que fazer ou então o oposto e viramos gatas assanhadas em que tudo o que vem à rede é peixe? A verdade é que somos sem dúvida, enquanto mulheres, o sexo forte! A inteligência é nossa aliada e os grandes cargos são actualmente ocupados por mulheres e se não o são agora hão de ser num curto espaço de tempo, mas no que toca a relações estamos a anos luz dos homens verdade seja dita! Emocionalmente somos o fosso! E passemos então para aquilo que os amigos não podem substituir, o sexo! A não ser que seja um bom amigo!;) A questão também se prende com a sociedade mas isso parte de nós. Para a mulher o sexo não existe só por si, tem de vir com um camião de emoções atrás, e se não vem com ele é porque é puta! Para nós não há meio termo nem deixam que haja. Se com os homens isso acontece são os maiorais, charmosos e sedutores, as mulheres passam logo para a camada mais baixa.

Grande dilema para uma coisa tão simples: estás com fome, comes! É o mesmo com o sexo! Se há uma necessidade que temos de satisfazer, se os homens podem porque é que nós não? E se o conseguimos fazer sem termos de aderir à bagagem emocional então ainda melhor, não temos riscos a correr! O tempo passa depressa é preciso aproveitar e para nós mulheres, é preciso ser como eles, emocionalmente inteligentes!!!